“Joana, relapsa e santa” dá prosseguimento à iniciativa da É Realizações em publicar a obra de Georges Bernanos no Brasil. Mais conhecido pelos seus romances, como “Sob o Sol de Satã” e “Diário de um Pároco de Aldeia”, o escritor francês aparece aqui como o polemista que fustigava com igual fervor aos comunistas e aos capitalistas, aos conservadores e aos progressistas, aos franceses e aos estrangeiros, e também aos anticatólicos e aos católicos – sendo ele um fiel de primeira hora e primeira fileira da Igreja.
Neste livro, ele ataca a instituição Igreja – a Igreja que, com seus grandes teólogos, seus mestres da lógica, da dialética e da jurisprudência, condenou uma santa à fogueira. Poucos católicos foram tão incisiva e duramente críticos do catolicismo quanto Bernanos. No entanto, se sua crítica dirige-se à Igreja institucional, o faz sem cair no batidíssimo confronto entre esta e a “fé interior”: não é um autor que se preste a tais simplificações. O ataque de Bernanos aos erros dentro do catolicismo que levaram à condenação de Joana semelha ao que disse Chesterton sobre o homem moderno: é preciso pôr uma arma na sua cabeça, não para matá-lo, mas para trazê-lo á vida.
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