Era uma tarde de sexta-feira, 19 de junho. Fazia sol e frio o que satisfazia minha exigência para um dia ser considerado agradável.
A Zona Sul de Porto Alegre foi o destino escolhido para pequeno passeio após visita ao Foro Central da capital. Para quem não sabe, a Zona Sul porto-alegrense sempre foi considerado um local à parte da cidade, uma espécie de refúgio bucólico em meio ao turbilhão urbano da capital gaúcha. Não à toa, foi por anos escolhida por moradores como local para passar férias em uma época em que era muito difícil o acesso ao litoral gaúcho. Mesmo nos dias atuais, conserva o charme e a beleza que sempre a caracterizaram.
Enfim. retornando à descrição da tarde de sexta-feira, estava tudo perfeito. Encontrado o local para um bom café, a rua aprazível convidava para uma caminhada. A Rua Vicente Failace reúne qualidades que encantam seu visitante. Ao final dela, a surpresa de constatar que desemboca no Guaíba, com um cenário que se descortinava encantador.
No entanto, a decepção ocorreu tão logo me aproximei da beira do rio. Se por um lado o local é naturalmente lindo e zelado por seus moradores, as margens do Guaíba demonstravam outro cenário. Grande quantidade de lixo se acumulava junto à margem, agredindo os olhos de todos que prezam por meio-ambiente e urbanização com sustentabilidade. O descaso do poder público fica evidente pela evidente ausência de um olhar interessado na preservação da qualidade de vida na cidade. Os resíduos, provavelmente levados pelas águas até o local, ferem a paisagem, atingem o meio-ambiente e dificultam alavancar Porto Alegre e sua Zona Sul como melhor destino turístico.
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