Hoje perdemos Umberto Eco.
Autor de obras fundamentais em semiótica e teoria da comunicação, pelas quais ganhou reconhecimento acadêmico, chegou ao grande público através de seus romances. O mais conhecido deles, “O Nome da Rosa”, tornou-se um inesperado best seller e chegou ao cinema pelas mãos de Jean Jacques Annaud, com interpretação magistral de Sean Connery no papel do monge-detetive Guilherme de Baskerville.
O impacto de “O Nome da Rosa” é inestimável. Da leitura da obra saíram muitos apaixonados pela Idade Média, suas questões intrincadas, seus mistérios inesperados e seus temas recorrentes. E entre estes apaixonados podemos, por certo, contar alguns medievalistas de hoje, sobretudo os nascidos a partir dos anos 60, que puderam lê-la na juventude.
E também Eco foi um apaixonado pela Idade Média: seu primeiro trabalho acadêmico versa sobre a estética tomista e, mesmo tendo seguido outra trajetória intelectual, retornou ao assunto várias vezes ao longo da vida.
“O Nome da Rosa” tornou-se também um favorito dos estudantes de Letras e Comunicação Social, em particular aqueles interessados no tema da intertextualidade e das relações entre textos literários: o próprio Eco admitiu que quase tudo no livro é um empréstimo de outras obras e leituras.
Outras obras relevantes de Eco são “Apocalípticos e Integrados”, “Como se escreve uma tese”, “Obra aberta” e “Tratado Geral de Semiótica”, além dos romances “O Pêndulo de Foucault”, “Baudolino” e “O Cemitério de Praga”.
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