2 comentários sobre “O país mais corrupto do mundo”
Dependendo do portal, as visões de mundo sobre a sujeira no Reino Unido variam.
Os “guardianistas” (óbvio, leitores do Guardian, liberal) são daqueles que vivem tachando o governo de sujo por conta das vendas de armas à Arábia Saudita, à crise habitacional (perguntem lá quem são os “tenants”) e à invasão do Iraque abençoada pelo Blair.
Os leitores do “Torygraph” (apelido dado ao Telegraph por seu viés conservador) já são daquela turma saudosa do Império, que veem a si mesmos como escolhidos por Deus para ser a reserva moral do universo. Quem já leu Kipling conhece o padrão: britânicos benfeitores e imaculados, indianos et caterva selvagens e atrasados.
Certamente os críticos ao Saviano – cidadão, aliás, que merece toda a nossa simpatia pelos colhões demonstrados ao denunciar máfias dentro e fora do governo italiano; até hoje só sai de casa com escolta policial – se enquadram na segunda categoria.
Bom resumo, Diogo. Costumo consultar esses dois e a diferença é mesmo marcante. Ressalte-se também o baixo nível de muitas das reportagens do Telegraph, que, às vezes, roçam o padrão tabloide. Para uma opinião conservadora mais honesta e inteligente, prefiro o bom e velho “The Times”.
Dependendo do portal, as visões de mundo sobre a sujeira no Reino Unido variam.
Os “guardianistas” (óbvio, leitores do Guardian, liberal) são daqueles que vivem tachando o governo de sujo por conta das vendas de armas à Arábia Saudita, à crise habitacional (perguntem lá quem são os “tenants”) e à invasão do Iraque abençoada pelo Blair.
Os leitores do “Torygraph” (apelido dado ao Telegraph por seu viés conservador) já são daquela turma saudosa do Império, que veem a si mesmos como escolhidos por Deus para ser a reserva moral do universo. Quem já leu Kipling conhece o padrão: britânicos benfeitores e imaculados, indianos et caterva selvagens e atrasados.
Certamente os críticos ao Saviano – cidadão, aliás, que merece toda a nossa simpatia pelos colhões demonstrados ao denunciar máfias dentro e fora do governo italiano; até hoje só sai de casa com escolta policial – se enquadram na segunda categoria.
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Bom resumo, Diogo. Costumo consultar esses dois e a diferença é mesmo marcante. Ressalte-se também o baixo nível de muitas das reportagens do Telegraph, que, às vezes, roçam o padrão tabloide. Para uma opinião conservadora mais honesta e inteligente, prefiro o bom e velho “The Times”.
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