A América Latina inicia a semana sob o impacto dos resultados de uma votação definidora de caminhos – e não se trata aqui das eleições municipais brasileiras.
Neste domingo, dia 2, os colombianos foram às urnas para decidir se aceitam ou não o acordo com governo do país com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), grupo guerrilheiro de esquerda que, há anos, ocupa vastos espaços no interior do país.
O resultado final surpreendeu a todos: o “não” venceu por pouco mais do que 50%, contrariando todas as pesquisas de opinião, que davam como certa a vitória do “sim” por uma larga margem.
A decepção foi geral: do presidente do país, Juan Manuel Santos, às ONGs do mundo todo, todos lamentaram profundamente a negativa da população colombiana. A exceção ficou por conta do ex-presidente Álvaro Uribe, que era contra o acordo desde o começo: para ele, negociar com as FARC nos termos estabelecidos seria uma rendição do país à guerrilha.
A situação volta, agora, à estaca zero – e, apesar de tanto as FARC quanto o governo colombiano negarem, a verdade é que a frágil situação de paz na Colômbia ficou seriamente abalada.
Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.
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