Hoje, dia 21 de agosto, Joe Strummer completaria 65 anos.
Completaria, porque já não está entre nós. Morreu em 2002, com 50 anos; acabou com seu grupo, The Clash, em 1986, aos 34; e começou no mundo do rock em 1975, aos 23, com a banda de boteco The 101ers. No total, 27 anos de dedicação à música – 27 anos de evolução, raríssima num meio que incentiva a autorrepetição e a auto-caricatura. O princípio a ser seguido é o de nunca mudar para não desapontar os fãs.
Segundo esse princípio, Joe Strummer fez tudo errado: partiu do rock fifties dos 101ers, passou pelo punk vigoroso dos dois primeiros discos do Clash, pela mistura de ritmos de London Calling, Sandinista e Combat Rock e, ao deixar seu grupo, investiu numa bela carreira solo onde prestou tributo à música popular universal, da sua Inglaterra natal às Antilhas, dedilhando o violão nas rodas musicais de todos os povos do mundo. Pois fez tudo errado e, fazendo tudo errado, tornou-se popularíssimo, atingindo o topo logo após abandonar a ortodoxia ideológica do punk rock, no início dos anos 80, quando o Clash lotava arenas e estádios e brilhava no concorridíssimo Top 40 da Billboard com canções de estilo inclassificável como Rock the Casbah, London Calling, Train In Vain e Rudie Can´t Fail.
The Future is Unwritten, documentário dirigido pelo britânico Julien Temple, especialista no movimento punk da Inglaterra, conta um pouco – porque um filme só não é suficiente – da história de Strummer. Merece ser visto no dia de hoje – e não só.
http://www.youtube.com/watch?v=xg3md__8IaQ
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