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- Atualizado 2021
Os mascotes de clubes de futebol são quase tão antigos quanto o próprio futebol: há registros que, já nos anos 1880, os clubes ingleses eram representados por bichinhos e personagens que traziam alguma característica que lhes distingua – uma cor, um aspecto cultural ou da “personalidade” de seus torcedores. E assim tem sido desde então: os mascotes são a representação – em forma humana, animal ou qualquer outra – da alma de um clube. Sua escolha, no entanto, às vezes obedece critérios estranhos: um fato fortuito vivido pelo clube, uma pessoa em particular ligada a ele ou simplesmente uma brincadeira entre rivais.
A seguir, apresentamos uma lista dos mascotes dos clubes brasileiros da série A.
América (MG) – Coelho
O coelho do América Mineiro surgiu do trabalho do cartunista Mangabeira, criador dos mascotes dos principais clubes de Minas Gerais. Segundo o desenhista, o América era “um clube aceso, sempre pronto para o que desse e viesse. Ao mesmo tempo, era um clube delicado, de torcida fina. Um coelho, não é?”.
Atlético Goianiense-Dragão
.O Mascote do Atlético é um Dragão. Sua origem está relacionada à figura mitológica do Dragão Chinês, como símbolo de poder e sorte na luta contra seus inimigos.
Os dirigentes do Atlético escolheram o Dragão como Mascote pois esse símbolo foi popularizado e tinha grande apelo junto aos moradores do bairro de Campinas nos anos 30 com os filmes de Kung Fu exibidos nas sessões do Cine Teatro Campinas.
Atlético Mineiro – Galo
Assim como seu conterrâneo alviverde, o Galo Mineiro surgiu das mãos do cartunista Mangabeira. A escolha se deu a partir da auto-imagem dos atleticanos como atletas que nunca desistem em campo; segundo o cartunista, “o Atlético sempre foi um time de raça. Mais parece um galo de briga, que nunca se entrega e luta até morrer!”. Numa época em que as rinhas de galo ainda eram uma diversão popular, a associação foi imediata.
Athletico Paranaense – Cartola
O atual Cartola atleticano surgiu de uma escolha genuinamente popular: foi votado pela Internet em 2010. A vinculação do clube do Paraná com a elite paranaense – que ia de fraque e cartola para o estádio no começo do século XX – é o motivo da escolha. O Atlético-PR também é conhecido como Furacão – e, por essa razão, a eleição de 2010 consagrou o Furacãozinho como mascote infantil.
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Bahia – Super-homem Tricolor
Conhecido como “Esquadrão de Aço”, o Bahia escolheu o Homem de Aço para representá-lo: o Super-Homem Tricolor foi desenhado em 1979 pelo cartunista Ziraldo e ganhou, em 2014, a sua companheira feminista, a Lindona do Bahêa, uma releitura da Mulher Maravilha.
Bragantino-Leão de Bragança e Toro Loko
Em 1944, o Bragantino venceu o AA América pelo Campeonato Municipal. Em homenagem à conquista, o presidente do clube naquele ano, Cícero Marques, mandou fazer um quadro com a figura do Leão, que se tornaria o mascote do time. Desde 2020, o velho Leão ganhou a companhia do Toro Loko o jovem e novo mascote do Massa Bruta.
Cuiabá- Peixe Dourado
O Dourado é um peixe típico de água doce da região mato-grossense. Por ser considerado valente e brigador foi escolhido para ser o mascote do clube.
Ceará – Vovô
““Vamos, meus netinhos, vamos aprender bem para açoitar o Fortaleza. Mas respeitem o Vovô aqui”. Assim o dirigente do Ceará, Meton de Alencar Pinto, dirigia-se para os jogadores do América local que treinavam no estádio do Ceará – o mais antigo clube daquele Estado, fundado em 1914. O paternalismo do “Vovô” cearense virou mascote com o passar do tempo e, hoje, os torcedores do clube cantam em homenagem ao “Vozão”.
Chapecoense – Índio condá
Antes da chegada dos europeus ao Oeste catarinense, a região era habitada pelos índios kaingang. Liderados pelo chefe Condá, os índios conseguiram, após anos de lutas, que o governo brasileiro reconhecesse suas terras e impedisse que os colonizadores as tomassem à força. A Chapecoense homenageia a garra do índio local, que ganhou ainda mais popularidade entre os torcedores após o trágico acidente sofrido pela equipe, em 2016.
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Corinthians – Mosqueteiro
Uma briga de cartolas levou o campeonato paulista de 1913 ser disputado apenas por 3 clubes: Americano, Germânia e Inter de Limeira – apelidados de “Três Mosqueteiros” pela imprensa da época. O então recém-fundado Corinthians entrou como a quarta equipe – o “Quarto mosqueteiro”, como o “Dartagnan” da história original de Alexandre Dumas.
Flamengo – Urubu
Estamos em 1969. É dia de Flamengo e Botafogo, então os dois melhores times do Rio de Janeiro. Como de costume, os torcedores do Fogão chamam os flamenguistas de “urubus” nas arquibancadas- uma referência explícita à grande presença de afro-descendentes entre os flamenguistas. Eis que, antes do jogo, um imenso urubu voa pelo campo com uma bandeira do Flamengo presa nas asas. Provocação botafoguense? Nada disso: um grupo de flamenguistas resolveu assumir o animal como mascote a partir daquele dia, como forma de esvaziar o insulto dos rivais. Resultado: o Flamengo venceu por 2 x 1 e o urubu virou o mascote oficial do clube.
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Fluminense – Guerreirinho
Identificado com a classe alta carioca, o Fluminense tinha, até recentemente, o Cartola como seu mascote tradicional. O uso da expressão para designar pejorativamente os dirigentes de clubes fez o Tricolor carioca abrir votação para a escolha de um novo mascote. O vitorioso foi o Guerreirinho – um cavaleiro medieval envergando as cores do Fluminense.
Fortaleza- Rei Leão do Brasil
O mascote do Fortaleza Esporte Clube foi criado no final da década de 1960. Escolhido pela garra que remete ao leao no sentido de representar a força e tradição do clube.
Grêmio – Mosqueteiro
Criado em 1946 pelo chargista Pompeu, da “Folha da Tarde”, o mascote apareceu pela primeira vez em um desenho sobre o Campeonato Gaúcho de 1946, onde cada clube foi representado por um personagem a cortejar a moça Rosinha, que representava a taça. Uma das explicações para a escolha está na cor do uniforme dos mosqueteiros franceses, azul com frisos em preto e branco. O Grêmio logo adotou o personagem e, já em 1946, lançou a revista do clube, a “Mosqueteiro”.
Internacional – Saci Pererê
O mascote colorado é uma figura do folclore sul-brasileiro. A lenda do Saci-Pererê surgiu entre os índios guaranis, habitantes da região noroeste do Rio Grande do Sul, e conta a história de uma entidade de uma perna só, brincalhona e travessa, que se diverte aprontando para os humanos. O Internacional adotou o mascote nos anos 50 para representar sua origem popular e, assim como o rival Grêmio, escolheu-o para nomear a sua revista oficial: “O Sacy”, publicada a partir dos anos 1960.
Juventude -Periquito Jaconero
Palmeiras – Periquito e porco
O Palmeiras tem, oficialmente, dois mascotes: o primeiro é o Periquito,adotado já em 1917 pela torcida palmeirense, fazia referência à grande quantidade de periquitos que habitavam os bosques no entorno do estádio Palestra Itália. O segundo é o porco, que tem origem mais recente: surgiu no contexto da Segunda Guerra Mundial como termo pejorativo para designar os imigrantes italianos, fundadores do clube e vindos de um país inimigo do Brasil naquele momento. Durante muito tempo, foi considerado um apelido ofensivo pelos palmeirenses, até que, nos anos 80, as torcidas organizadas do clube o adotaram como mascote, neutralizando assim a ofensa xenófoba.
Santos – Baleia
A origem do mascote do Santos é óbvia: sendo uma cidade portuária, a cidade de Santos é frequentemente visitada por esses imponentes mamíferos. O Santos FC adotou a baleia nos anos 40 e o mascote ganhou novas versões, como a dupla Baleião e Baleinha, que anima dos jogos da Vila Belmiro e é responsável por momentos engraçadíssimos.
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São Paulo – Santo Paulo
O mascote do São Paulo surgiu na década de 40, criado por um cartunista do jornal “Gazeta Esportiva”, de São Paulo, e representa o santo cristão original como um velhinho, pois teria morrido com 60 anos de idade. Chamado de “Santo Paulo” para não confundir com o nome do clube, o mascote é representado em todos os jogos do Tricolor pelo funcionário Severino Bianchi há mais de 15 anos.
Sport Recife – Leão
O mascote do Sport Recife é um dos mais antigos do futebol brasileiro: foi adotado em 1919 após a disputa do troféu Leão do Norte, em Belém do Pará, então considerado um centro futebolístico muito mais desenvolvido do que Pernambuco. O adversário foi um combinado de Remo e Paysandu e o Sport, contra todas as expectativas, sagrou-se vencedor daquele torneio, levando para casa o troféu e o mascote.
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Ou seja, desde 1913 o Corinthians era a quarta força
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