A expressão “centro histórico” merece uma meditação especial. Costuma-se utiliza-la para designar aquela região da cidade onde estão concentrados os chamados “prédios históricos”, regra geral localizados em alguma parte mais central do mapa urbano. É uma definição um tanto equivocada : nem sempre os prédios mais antigos das cidades estão na área dos “centros históricos”, e nem sempre eles se localizam no meio dos mapas. O centro não é apenas um espaço geográfico, nem uma inscrição em um mapa: é, em verdade, o centro para onde converge a memória afetiva de todos os habitantes da cidade. É onde a cidade reconhece a si mesma.
A exposição “Lembre de Porto Alegre”, de Yassmine Uequed Pitol, é um percurso através dessa memória afetiva. Trata-se de onze quadros que retratam os pontos mais representativos da capital gaúcha, aqueles que todo portoalegrense reconhece como seus: o Viaduto Otávio Rocha, a Casa de Cultura Mário Quintana, a Biblioteca Pública,o Theatro São Pedro e tantos outros. As obras da coleção foram concebidas a partir das vivências pessoais da artista e da sua perspectiva de cada um dos espaços retratados, as quais ela compartilha com os portoalegrenses e com todos aqueles que, por terem vivido em Porto Alegre – e mais: vivido Porto Alegre – levam-nas consigo.
A exposição e comercialização de reproduções autorizadas da coleção, em número limitado, tem início hoje no Café do Duque, (rua Duque de Caxias, 1354, ao lado da escadaria do Viaduto Otávio Rocha).
Abaixo, algumas imagens da exposição.
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