Acredita-se que William Shakespeare tenha composto “Hamlet” entre os anos de1599 e 1602.
O Inglês shakespeariano sela o começo do inglês moderno. Um leitor inglês de nosso século pode compreendê-lo, embora necessite, aqui e acolá, de uma consulta ao dicionário.
O protagonista da história é Hamlet, príncipe da Dinamrca, cujo pai, o rei Hamlet, acaba de morrer. Seu tio, Claudio, assume o trono e casa-se com a mãe de Hamlet, Gertrudes. A situação política na Dinamarca é complicada: existe a permanente suspeita de que os norugueses, seus belicosos vizinhos, planejam uma invasão em resposta.
O cenário da peça é Elsenor, onde está a corte dinamarquesa.
Personagens:
Hamlet – príncipe da Dinamarca, filho do rei homônimo,
Cláudio – rei da Dinamarca, irmão do pai de Hamlet
Fortimbrás – príncipe da Noruega
Horácio – amigo de Hamlet
Polônio – lorde
Laertes – filho de Polônio
Voltimand, Cornélio, Rosencrantz, Guildernstern, Um cavalheiro, um sacerdote – cortesãos
Marcelo e Bernardo – oficiais
Francisco – soldado
Reinaldo – servidor de Polônio
Um Capitão
Embaixadores ingleses
Atores
Dois camponeses
Gertrudes – rainha da Dinamarca e mãe de Hamlet
Ofélia – filha de Polônio
Espectro do pai de Hamlet
ATO I
Nas proximidades do castelo de Elsinore, lar da família real dinamarquesa, Marcelo e Bernardo chamam Horácio, amigo do príncipe Hamlet, para testemunhar a aparição de um espectro do recém-falecido rei Hamlet. Após uma nova aparição do espectro, os três avisam o príncipe.
No outro dia, reúnem-se o Rei Cláudio, a rainha Gertrudes e Polônio. O filho de Polônio, Laerte, ganha a permissão para voltar a estudar em Paris. Ao mesmo tempo, Hamlet é proibido de voltar para a sua universidade, em Wittenberg. No fim, Hamlet mostra-se sem consolo pela morte do pai e pelo novo casamento da mãe. Horácio avisa-o do espectro, e Hamlet, curioso, procura vê-lo. O espectro aparece para Hamlet e informa que ele, seu pai, foi assassinado por Cláudio. E mais: exige vingança. Hamlet, consternado, promete vingar-se. A Horácio conta seu plano: fingir-se de louco e atuar para vingar-se.
Ofélia,a irmã de Polônio, está apaixxonada por Hamlet, mas Laerte, seu irmão, exige que ela pare com isso.
ATO II
Ofélia conta a seu pai que viu Hamlet agir como louco. Polônio diz que a razão para isso é o fato de Hamlet ter-se apaixonado por ela. Quando vai informar o casal real, encontra-os com Rosenkrantz e Guildernsten, dois estudantes que recebem a missão de investigar os motivos do comportamento de Hamlet.
Surge a informação de que o rei norueguês Fortimbrás pretende atacar a Polônia, em vez da Dinamarca, e precisará passar pelo território dinamarquês.
Polônio, após pôr o casal real a par da sua suspeita das razões da loucura de Hamlet, encontra o príncipe a fim de buscar mais informação. Em seguida, aparecem Rosenkrantz e Guildernstern, e Hamlet logo percebe que são espiões.
Os dois dizem que trouxeram atores, que encontraram em viagem. Hamlet então os encontra, dá-lhes boas vindas e, após despedir-se dos dois espiões, pede aos atores que interpretem uma peça sobre a morte da rainha Hécuba e do rei Príamo. A execução é ótima, e então Hamlet tem a ideia de pedir que os dois encenem a peça “O assassinato de Gonzago”, cujo enredo é parecido com o da morte do seu pai. Com o rei Claudio assistindo, Hamlet pretende estudar-lhe a reação e confirmar se ele reage como culpado ou não.
ATO III
Polônio e Cláudio observam as reações de Hamlet às cartas de amor de Ofélia. Hamlet então começa o famoso monólogo do “Ser ou não ser”. Ofélia então entra, dá-se uma discussão entre ele e ela. Cláudio observa tudo e conclui que Hamlet não está apaixonado por ela. Logo em seguida, a corte se reúne para assistir à peça que Hamlet preparou. Cláudio, ao assistir o ator que interpreta o rei ser assassinado na peça, levanta-se e sai da sala. Isso, na visão de Hamlet, mostra definitivamente que ele é o culpado pela morte de seu pai.
Gertrudes chama Hamlet e pede uma explicação. Os dois brigam. Polônio, escondido por detrás de uma cortina, pede ajuda. Hamlet o esfaqueia, pensando que é Cláudio atrás da cortina. Polônio morre. Hamlet então diz à mãe, irritado, que ela ignora quão mau é Cláudio. Nisso entra o espectro, criticando Hamlet. Os dois conversam. Gertrudes,no entanto, não consegue ver o espectro – tudo o que vê é Hamlet falando sozinho.
Isso, para ela, denota que está louco. No fim do ato, Hamlet pega o cadáver de Polônio e implora para que a mãe deixe Cláudio.
Ato IV
Hamlet conversa com Cláudio sobre onde ele escondeu o corpo de Polônio. Hamlet é então enviado à Inglaterra, em companhia de Rosencrantz e Guildenstern.
Laerte, que estava na França, retorna, pela morte do pai. É convencido por Cláudio de que Hamlet é o responsável. No entanto, o retorno de Hamlet à Dinamarca frustra os planos de Cláudio. Sugere então uma luta de esgrima entre Laerte e Hamlet, onde o primeiro ganharia uma arma envenenada e, se ela falhar, Hamlet ganharia vinho envenenado como prêmio para sua vitória. Gertrudes então informa que Ofélia se afogou.
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