Se Eduardo Galeano não tivesse nos deixado em 2015, estaria completando 80 anos no próximo dia 3 de setembro.
Autor de “Memórias do Fogo”, “Futebol ao sol e à sombra” e o conhecidíssimo “Veias abertas da América Latina”, foi também integrante do jornal uruguaio “Marcha”, referência da imprensa progressista na América Latina.
Sobre sua obra mais conhecida, Galeano disse o seguinte, pouco tempo antes de falecer:
“Eu suponho que me passa com “As veias” o mesmo que se passou entre Quino e “Mafalda” (…) É uma relação muito complexa e contraditória. Por um lado é um livro do qual me orgulho, do qual não me arrependo uma virgula, que influiu, e influi bem, para muita gente, não só para o publico latinoamericano e de lingua espanhola como para outras latitudes. Por outro lado, me sinto preso a este livro, é como se tivesse me aposentado muito cedo (…) Depois escrevi outros livros, muito mais abertos à diversidade do mundo, sobre outros temas. Por sorte o mundo não termina na economia política”.
“Veias abertas” é de 1973. Definitivamente, Galeano não se aposentou logo após ter escrito o livro. Por isso, e por muito mais, nós lembramos dele hoje.
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